segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014



INFINITA MORTE

Decompondo minhas vísceras
A terra árida se alimenta
De meu corpo corrupto
Das minhas carnes sanguentas

É meu Deus... a morte é o caminho eterno...

Ai meu Deus!!! E o homem? !

Aos abastados e opulentos 
A vida é um risco de no infinito

Oh ricos miseráveis de pouca fé!
Suas fortunas acabam com primeira pá de areia.

Aos invejosos e jactanciosos
Os bacilos a de comer... 

                                                                                       Francisco Cruz 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014




E O VENTO LEVOU...

O vento levou minhas emoções
Numa manhã de domingo.

E o vento levou minha alegria...
E a tristeza foi minha companhia.

E o vento levou minha tristeza...
E o medo calou minha alma.

E o vento levou meu medo...
E o afeto lavou minh’alma.

E meu afeto o vento levou...
E a raiva endureceu-me a alma.

E naquela manhã de domingo o vento levou-me...


Francisco Cruz


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013


ANGÚSTIA




Estático na altivez da consternação da minh´alma
Das auras que cruzam meu corpo em labaredas
Descem rios de solidão, que desatinam no saber que sou
Eu, eu mesmo numa grandeza do nada!

Nada!
Ó mundo do nada!
És o mundo das nulidades...
Dos socialistas românticos
Dos proletários londrinos
  Dos nazi-fascistas alemães...

Ó Nietzsche esta agonia é para ti
Anêmico das verdades cristãs (católicas)
Pois Cristo não morreu lá na cruz
I-N-R-I


    Francisco Cruz

domingo, 8 de dezembro de 2013


Ataúde 



Face briosa
Semblante encarnado
Teu corpo elegante
Já és finado!

És finado porque já não falas
Dos angusties da vida cotiana
És finado porque já não ouves
Esta queixa por tua herança 

Comporte-se como um morto...doutor!
Não quera morrer uma segunda vez
Sete palmos de terra te esperas 
Vivo ou morto?! enterrado sereis... 

Autor: Francisco Cruz (Mateus)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Escuridão 


Mistério! Mistério! Mistério! 
És tu Escuridão!
Bestial criatura 
Nutrida de pecado.
Revele seu semblante 
Ó deusa infernal
 Devora-me!
Dilacere-me! 
 Sou pecado! 
Abocanha esta alma 
Que jaz Conspurca.
És crível ser gentil? 
Ó escuridão! 
Não vês que expirei? 
Que já não sou matéria 
Que minhas vísceras 
Putrefazer-se embaixo da terra!
Ó tenebrosa criatura 
Sou eu um pecado letal a sua existência?
Tens comiseração 
 Dás Refúgio a esta alma indigente.

       Francisco Cruz 


quinta-feira, 8 de agosto de 2013


D  e  s  c  o  n  c  e  r  t  o




E  u    q u e r o    n ã o    s a b e r    q u e m    s o u

E  u   q u e r o  v i v e r  n o s   s o n h o s   a   r e a l i d a d e

E u   q u e r o   d e s c o n s t r u i r   m i n h a   i d e n t i d a d e

E u   q u e r o   c r e s c e r   e   s e r   c r i a n ç a

E u   q u e r o   n ã o   t e r   p e n s a d o   o   o n t e m   p a r a   v i v e r   h o j e

E u   q u e r o   o   r á d i o   à   t e l e v i s ã o

E u   q u e r o   u m   p o n t o   d e   i n t e r r o g a ç ã o (?)

 E u  q u e r o   v i v e r   e n t r e   o s   m a c a c o s

E u  q u e r o  n ã o   s e r   f o t o g r a f a d o

E u   q u e r o   s e r   e   n ã o   s a b e r   q u e   sou

E u   q u e r o   d e n u n c i a r  a   m i m   m e s m o.



FRANCISCO CRUZ (M a t e u s)   

sexta-feira, 26 de julho de 2013





Rosa




Metamorfose intrínseca
Seiva germinativa em suas pétulas
Correm vagamente em emoções
Oriundas de sua etérea criação

És bela Rosa, es bela!
Criatura imbuída de segredos
Tão íntimos, tão sublimes
Renegados a abstração temporal.

Tempo materialize-se num tic-tac de um relógio
Abstenha-se deste crime irreverente
Rasgue esta membrana tacanha
Ampare esta natureza indigente.

Francisco Cruz (Mateus)